segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Profissionalismo chegou ao futebol

DANIEL BATISTA , RAPHAEL RAMOS - O Estado de S.Paulo

SÃO PAULO - Entre as diversas mudanças que o esporte brasileiro sofreu nos últimos anos e o levaram ao posto de sexto maior mercado de futebol do mundo com movimentações que chegam a quase R$ 2 bilhões por ano, destaca-se a nova forma de administração dos clubes. A figura daquele velho cartola intimamente comprometido com a vida política das agremiações, sem qualquer qualificação profissional ligada ao esporte e que não raramente toma decisões movido mais pela paixão do que pela razão, vem cada vez mais perdendo espaço. Em seu lugar estão os chamados executivos do futebol.
Saem de cena o linguajar prosaico, os ternos desalinhados e o charuto na boca. Entram em campo o discurso polido, a camisa social bem cortada e o celular de última geração na mão.
A ideia é tratar o futebol como um negócio, que precisa ser visto e gerenciado como uma grande empresa. Assim, os dirigentes remunerados estão em praticamente todos os clubes da Série A do Campeonato Brasileiro e em boa parte dos participantes da Segunda Divisão nacional.
Para esses profissionais, não existem olheiros e contratações fracassadas, mas sim fornecedores e margem de erro na atividade. Típicos termos do mundo empresarial que passaram a fazer parte do dia a dia dos clubes.
Em 2011, eles resolveram fundar a Associação Brasileira dos Executivos de Futebol. O presidente é Ocimar Bolicenho. Atualmente na Ponte Preta, ele acumula passagens por Santos, Atlético-PR, Paraná, Marília e Joinville (leia entrevista abaixo).
O perfil dos associados é variado e há muitos ex-jogadores. É o caso do gerente de futebol do Corinthians, Edu Gaspar. Ele levou para o Alvinegro conceitos que aprendeu durante os oito anos em que jogou na Europa (de 2001 a 2009, defendeu o Arsenal, da Inglaterra, e o Valencia, da Espanha). Assim, é considerado nas alamedas do Parque São Jorge peça fundamental nos títulos do Brasileiro, da Libertadores e do Mundial que o Corinthians arrebatou em 2011 e 2012.
Faz parte da sua metodologia de trabalho usar números, vídeos e relatórios. Assim, busca minimizar ao máximo as possibilidades de uma contratação, seja ela cara ou barata, dar errado.
Aluno do curso de especialização em futebol da Fundação Getúlio Vargas, ele fala inglês e espanhol fluentemente e foi o representante do clube nas reuniões com a Fifa antes e durante o Mundial de Clubes no Japão.
"Gosto muito desse lado extracampo. Está provado que para as coisas funcionarem bem dentro do campo, o clube também precisa ser organizado fora", diz.
Mas nem sempre contratar um executivo é sinônimo de sucesso. O Palmeiras, por exemplo, foi rebaixado para a Série B. O gerente César Sampaio não conseguiu repetir fora de campo o desempenho que teve como jogador e impedir que o conturbado ambiente político do Palestra Itália atrapalhasse o time. "Tentamos cuidar de tudo do futebol para deixar o presidente mais tranquilo para lidar com o restante do clube", afirma.
O fato de já ter vestido a camisa do clube ajuda César Sampaio, mas não basta. "A vantagem que podemos ter é saber lidar melhor com os jogadores e saber o que realmente é uma vontade do atleta e o que é apenas algo para atrapalhar uma negociação."
Antes de chegar ao Palmeiras, em 2011, ele formou-se em Administração e Gestão Esportiva e estudou marketing esportivo. Fez questão também de passar por clubes menores. Começou no Guaratinguetá e acumulou passagens por Figueirense, Rio Claro e Mogi Mirim. "Não dá para trabalhar numa função tão importante apenas com o nome."

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Microempreendedor, formalize sua atividade


Aprovadas novas ocupações para o microempreendedor individual em 2013 - 18/12/2012

O Comitê Gestor do Simples Nacional aprovou a Resolução CGSN nº 104, publicada no DOU de 18/12/2012.
Foram incluídas duas novas ocupações para o Microempreendedor Individual (MEI), a partir de 2013:
·       CALHEIRO(A);
·       REPARADOR(A) DE ARTIGOS DE TAPEÇARIA. 

Na mesma resolução foram aprovadas também as seguintes alterações para o MEI:
·       Deixa de haver a cobrança do ISS:
- COMERCIANTE DE EQUIPAMENTOS E SUPRIMENTOS DE INFORMÁTICA 

·       Passa a haver cobrança de ISS:

- FABRICANTE DE ARTEFATOS ESTAMPADOS DE METAL, SOB ENCOMENDA OU NÃO;
- FABRICANTE DE ESQUADRIAS METÁLICAS SOB ENCOMENDA OU NÃO;
- FABRICANTE DE LETREIROS, PLACAS E PAINÉIS NÃO LUMINOSOS, SOB ENCOMENDA OU NÃO;
- FABRICANTE DE PAINÉIS E LETREIROS LUMINOSOS, SOB ENCOMENDA OU NÃO;
- MARCENEIRO(A) SOB ENCOMENDA OU NÃO;
- RECICLADOR(A) DE BORRACHA, MADEIRA, PAPEL E VIDRO;
- RECICLADOR(A) DE MATERIAIS METÁLICOS, EXCETO ALUMÍNIO;
- RECICLADOR(A) DE MATERIAIS PLÁSTICOS;
- RECICLADOR(A) DE SUCATAS DE ALUMÍNIO;
- SERRALHEIRO(A), SOB ENCOMENDA OU NÃO.

·       Alterada a denominação da Ocupação do CAMINHONEIRO(A) DE CARGAS NÃO PERIGOSAS, incluindo-se a expressão “INTERMUNICIPAL E INTERESTADUAL”.

A mesma resolução também aprovou as seguintes disposições:
·       Fixou o entendimento de que na hipótese de o escritório de serviços contábeis não estar autorizado pela legislação municipal a efetuar o recolhimento do ISS em valor fixo diretamente ao Município, o imposto deverá ser recolhido pelo Simples Nacional em valores variáveis, marcando-se a opção “prestação de serviços tributados na forma do Anexo III da Lei Complementar nº 123, de 2006”;
·       Permite à RFB, Estados e Municípios a utilização dos seus documentos próprios de lançamento fiscal (fase transitória da fiscalização) até 31/12/2013, mesmo após a disponinibiização do aplicativo unificado (Sefisc);
·       Estipula que a PGFN poderá editar Portaria específica quanto ao parcelamento dos débitos do Simples Nacional inscritos em Dívida Ativa da União, relativos aos anos-calendário 2007 e 2008.

SECRETARIA-EXECUTIVA DO COMITÊ GESTOR DO SIMPLES NACIONAL
 
NOSSO COMENTÁRIO: A inscrição dos microempreendedores, como artesãos e outros profissionais, permite a formalização da atividade e o acesso a direitos como a Previdência Social, passando a atuar como empresa com carga tributária simbólica.
 

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Varejo pode economizar R$ 1,3 bi por ano com energia

(Revista Supermercado Moderno - 04/01/2013)

Essa economia poderá ocorrer entre super e hipermercados, elevando o lucro líquido sobre o faturamento de 2,76% para 3,33%. Isso caso o setor alcance 20,2% de desconto, percentual médio definido pelo governo federal para reduzir o custo com energia elétrica. Esses cálculos são preliminares e não levam em conta as variáveis envolvendo o segmento varejista e o tipo de contrato com as concessionárias. Foram feitos pela área de inteligência de dados de Supermercado Moderno, considerando o faturamento do setor em 2011, de R$ 227 bilhões, e o gasto médio dos super e hiper com energia de 2,83%.
"Essa despesa com energia varia muito dependendo do tamanho da rede. Evidentemente uma loja independente com área reduzida de balcões refrigerados e congelados, sem ar condicionado, câmaras frias e geradores gasta bem menos do que uma gigante do setor com centenas de lojas", explica Valdir Orsetti, o responsável pela área.
A medida para reduzir o custo da energia elétrica foi anunciada pela Presidente Dilma Rousseff e o Ministro de Minas e Energia, Edison Lobão no dia 11 de setembro do ano passado e deverá entrar em vigor no próximo dia 5 de fevereiro. Para viabilizar a redução, o governo vai renovar por mais trinta anos as concessões de geração, transmissão e distribuição, além de reduzir encargos setoriais que incidem sobre a conta de luz.

A redução varia conforme o nível de tensão e o tipo de contrato, que pode ser firmado com as concessionárias de distribuição ou de geração. Os varejistas são classificados como usuários de média tensão.